A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa a partir desta segunda-feira, 22 de julho, as 24 propostas submetidas à chamada estratégica do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI 023/2024) de Hidrogênio no contexto do setor elétrico brasileiro. Segundo a autarquia, as sugestões envolvem investimento de R$ 2,7 bilhões, representando o maior volume já investido em uma chamada de projetos estratégicos.
A autarquia avaliará as sugestões até 26 de julho e a expectativa é que sejam aprovadas pela sua diretoria dentro de 50 dias, caso cumpridos todos os requisitos.
Segundo a Aneel, dos R$ 2,7 bilhões, as empresas propõem investir mais de R$ 1,15 bilhão em contrapartidas, recursos provenientes de fontes externas ao PDI/Aneel, representando aproximadamente 41,95% do investimento total.
“[Isso] indica um importante comprometimento das entidades parcerias com os resultados dos projetos, potencializando ainda mais os recursos aportados pelo PDI Aneel” afirmou a autarquia.
Entre as propostas, 19 foram enquadradas na modalidade “plantas piloto”, totalizando mais de 100 MW em plantas para produção de hidrogênio a partir de fonte de baixo carbono. A maioria das propostas prevê o uso da eletrólise, com variações entre eletrólise não especificada (11 propostas), eletrólise PEM (seis propostas) e eletrólise alcalina (duas propostas).
O uso do combustível nestas sugestões será para o setor industrial (12 propostas), amônia/fertilizantes (duas propostas), universalização do acesso à eletricidade (duas propostas), Power-to-X (Combustíveis Sintéticos), Mobilidade/Eletricidade, e Gas Blending (injeção em redes de gás convencionais).
Outras cinco propostas foram apresentadas para a modalidade “peças e componentes”, ou seja, são focadas no desenvolvimento e nacionalização de tecnologias para a cadeia do hidrogênio. Neste campo, as sugestões buscam o desenvolver soluções para a produção de hidrogênio e subprodutos, armazenamento de hidrogênio, infraestrutura elétrica e de medição, verificação e rastreamento.
As iniciativas foram desenvolvidas por dez empresas proponentes juntamente com 40 cooperadas, 33 entidades executoras e 23 instituições parceiras de todo o país.
